Quando abrimos um livro
de romances, histórias, contos, crônicas ou poesias, temos em mente, alargar
conhecimentos, passar momentos sincronizados e sintonizados com a mensagem neles
expostas.
Ali o autor ou autores
certamente externam o que vai dentro da alma, da sua concepção, do acreditar,
do duvidar, do admirar, enfim, seria total resumo do que traz em seu Eu.
O escritor, coloca alma,
sensibilidade, ternura, admiração, experiências em tudo que molda numa folha de
papel.
Entristece ao observar a
perda gradativa da coletividade, em não parar para sentir o perfume das flores,
a beleza dos regatos em murmúrios e lamentos, a bravura das aguas do mar, a
alteza das matas, o ruído do vento brando e morno, o balançar das nuvens, o
porquê do intrigante casco das tartarugas e as escamas dos peixes .
No decorrer dos dias,
nas vicissitudes da vida cotidiana, vamos todos perdendo gradativamente o gosto
pelas palavras, do adquirir algo ansiado ter, do sair pelos caminhos a visitar
parentes, amigos, do ir ao comércio e admirar aquele sapato necessário, a roupa
para o verão, a maleta para viagens, enfim, o ver, o sentir, o poder e até o
pensar.
Nada mais existe de
fixo, nada parece ser transportável.
Evitamos no entardecer,
ver o descambar do sol no horizonte. Nada mais belo que o crepúsculo.
Parece que nessa
caminhada atual porque passa a humanidade, ela é incansável, quase uma desforra,
uma vingança, como aquele cavalheiro de outrora com seu florete pronto para o
ataque, ou seriam culpas não apagadas, desprezo por aquele perdão suplicado.
Poderia ser também pela
negação de um carinho ou afago, ou o vivenciar um arrependimento não abortado e
que não brilhou para a glória e redenção.
Portanto, caminhemos
pelas belezas das palavras contidas nos livros, nos hinos, nas canções, nas
poesias, e, mesmo sem as soluções almejadas, caminhemos por estradas que
esperamos serem cobertas de roseirais sem espinhos, para não magoarem a pele do
caminhante, mas que levem o enaltecer do espírito, transbordando pensamentos
para o bem, do viver em harmonia, pois só assim conduziremos almas para a
esperada perfeição e eternidade da vida, pois esse é o destino do homem na
terra!
|