Silêncio profundo na madrugada.

Nada ouvia-se por detrás

das paredes caiadas...

nada via-se na rua asfaltada...

Nenhuma estrela nos céus!

 

A cama arrumada com lençóis azuis

ali estava na espera dos corpos

que neles envolviam-se todas as noites

até o amanhecer do outro dia.

 

Agora o barulho das goteiras

na terra seca, ouvia-se...

Nas janelas a chuva vigorosamente batia

e galhos do arvoredo desfaleciam

mansamente até o chão!

 

Naquele momento,

olhando pela vidraça o infinito

a cena emocionante vista pela manhã

fez na recordação do hospital, um rosto

aquele rosto abatido onde...

uma lágrima rolou!

 

Na expressão facial,

sentimentos de quem dorme

na sonolenta dose de resignação.

Na presença física e espiritual

dos entes queridos...

apenas, uma lágrima a rolar!

 

Como os rios que trazem...

as pedras do seu leito

ou os ventos em sua fúria...

devastam a natureza...

uma expressão trás a dor...

a saudade...

uma lágrima a... rolar!

 

 

 


 


 

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Fale com a autora:  lyzcorrea@hotmail.com


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