Um homem fitava o horizonte

a cada dia e .. absorto, perdia-se no tempo,

nos pensamentos, na vida

aquele homem

e que Homem !

 

Aquele homem semelhante a muitos

com uma carga imensa

de carinho, de amor

era um pai.

                

Seus olhos azuis da cor dos céus

irradiavam tanto brilho ao olhar uma criança

tentando encher com águas do mar

um buraquinho feito na areia !   

                          

Caminhava sozinho indo e vindo

por entre as espumas brancas          

que mansamente desfaziam-se 

aos seus pés!

 

Sorria a cada mergulho das gaivotas  

que ladinas e ágeis

abocanhavam um peixe

nas águas do mar!

 

Qual condor que alça seu vôo

pelas alturas incertas dos céus

um dia ... Ele se foi....

deixando lições de amor

e aí... quanta saudade!

      

Olhando as brumas do mar

pisando nas areias úmidas da praia

no vôo rasante das gaivotas

lembro daquele homem !

 

Era o meu Pai!



 

 


 


 

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Fale com a autora:  lyzcorrea@hotmail.com


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