Dias
passados, conversando com umas pessoas amigas, comentamos alguns programas da
TV, filmes, e vídeos, que demonstram como em tão pouco tempo a sociedade mudou
em relação aos comportamentos, principalmente dos mais jovens, ou até aqueles
com mais idade, que parece buscam uma liberdade que cantada em verso e prosa
entre os filósofos franceses, ainda não vimos ocorrer no mundo, sempre
conturbado e em ebulição.
Quando
nos reportamos ao período da infância e depois da juventude, foram só risos e
muita saudade.
Isso
tudo visto, nossa infância era toda voltada para valores da família, da igreja,
da Nação, da escola, do trabalho dos pais, a luta dos antepassados que aqui
chegaram com toda a coragem que um ser pode ter, porque deixaram bens,
familiares, tudo, para virem em busca de um novo Sol, um novo mundo, cobertos de
esperanças e vontade de vencer em liberdade!
Ao
lembrarmos da juventude, quantas mudanças pudemos verificar.
Naquela
época da juventude de cada um de nós, havia tanta pureza, o ainda brincar com as
bonecas e panelas do jogo de cozinha e os meninos com os carrinhos, piões, pipas
e futebol.
Quando
ao passar rumo ao colégio, as paqueras ocorriam, as era tudo tão sutil, aquele
piscar um olho por parte do rapaz, depois o ficar na esquina para nos ver
passar, mais adiante, o assobio do fiu... fiu e mais além aquela aproximação
tímida, do dizer... posso acompanhar até sua casa?
Quando
os dias se passavam nada era afoito ou apressado, o roçar das costas das mãos
era algo tão doce que mais parecia haver ocorrido um descuido.
Mas o
que mais encantava naqueles tempos dos namoricos até escondidos dos pais, pois
nos achavam crianças e sem juízo, e isso era verdade rssss, era que num repente
surgia aquele beijinho roubado... e como era emocionante... o susto... os
arrepios... alguém poderia ter visto aiaiaia... e o encabular vinha com um
sorriso cândido como se aquilo fosse algo de muito errado!
Como
comparar com os dias atuais?
Não
existe mais o romantismo, a espontaneidade, a delicadeza do chegar-se perto, com
doçura e certa timidez.
Agora
são os arroubos do atacar sem antes enamorar-se... os beijos que eram
ansiosamente esperados e roubados, agora não mais existem... porque bocas e
línguas se misturam a salivas e dentes mal cuidados, locais públicos servem para
exibições sexuais, e aquilo que antes era tão aguardado na pura ingenuidade,
agora é pensado e até armado na obtenção do que se deseja.
Meninas
que deveriam brincar com bonecas e garotos com seus carrinhos, vestem-se de mães
e pais, segurando aquele ser delicado como que não entendessem porque tudo
aconteceu.
Avós
passam a ser pais dos pimpolhos e passados um ano lá vem novamente uma
criancinha ou se ela não vier, o rompimento de relacionamentos por completa
falta da maturidade, eles não desejavam uma criança, apenas brincar em locais
que fazem elas surgirem.
Quantas
bobagens dirão a Rose está escrevendo hoje.
Não são
bobagens no meu modo de pensar... trabalhei com adolescentes e eles são muito
sonhadores e crédulos imaginando que nada vai ocorrer... confiam nem sei no que!
Ao bater
na porta de cada um de nós uma surpresa, mesmo que na completa humildade da
aceitação, aquela visita não esperada e tão peculiar irá nos acompanhar até o
final dos dias...
Se para
alguns é uma maleta, saibam que é inseparável e ali guarda-se a mais querida
relíquia até certo ponto sagrada.
Sem
convite aconchegam-se e encostam no coração, emudecem e até consolam, são os
interpretes de uma cena sem angustias agora, mas com tamanha sensibilidade que
os dedos das mãos percorrem o ser, eles são os símbolos augustos da paz!!!
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