A noite derruba seu manto
negro sobre a Terra
e neste estender de sombras,
luzes ofuscantes aparecem no
firmamento
ora aqui,ora acolá
Transcorrem as horas e o
homem em seu
descanso noturno, sonha
Sonha no despontar de uma
aurora
onde o canto dos pássaros o
façam acordar
Em todas as manhãs são as
orações
que no lar como templos ecoam
vibrantes
e na ternura de olhar um
berço de criança
duas covinhas a sorrir,
emocionam
A criança tem doçuras e
encantamentos
Seu choro é como hino que nas
notas musicais
trás punhados de pequeninos
fragmentos
de gotas de amor
Como as poeiras vindas do céu
trazendo em seu bojo harmonia
de cores
na criança sentimos o perfume
das flores
e o canto de todos os
canários e sabiás
Como as poeiras vindas do céu
no balbuciar de uma criança
há murmúrios das cascatas e
cachoeiras
que mansamente deixam a água
rolar
No apanhar as mãos frágeis de
uma criança
como não colocar sublimes
estrofes de amor
e como é fácil dizer o que
vai na alma e no coração
mesmo nas mais simples das
palavras
Não há como esconder na
emoção
uma lágrima que teima em
deslizar
por entre as faces e como os
sonhos
se dispersam vagarosamente
Como as ondas suaves do mar
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