Quando as andorinhas ainda sem a luz do sol, dos seus ninhos anunciam que
acordaram, nada mais bonito para nós do que despertar, no sublime embalo dos
sons cativantes, vindos daqueles seres tão pequeninos que envolvem toda a
natureza.
Como o cascatear das cachoeiras descendo pelas encostas das serras e montanhas
quer nas nevadas ou dias de sol, o cálido puxar o lençol até nosso queixo lembra
que realidades podemos esconder atrás do semblante, porém que mesmo com todos os
sentidos aguçados, vemos e sentimos o que desejamos.
Se alimentamos sentimentos de desprazer, de ódios, más recordações, talvez algo
construído com egoísmos e mal querer, devemos antes de tudo, alimentar a alma
sem medos, mas com amor, porque tudo resulta no iluminar as vidas.
Observem como as flores exalam perfumes, mesmo as pequeninas.
Quando os espinhos que nela adornam os caules nos ferem, sentimos uma dor que
nos “uis e ais”, mostram uma ação imprudente, foi a escolha do momento ao
apanhar aquele lindo botão de flor.
Quando infantis ou na adolescência, valores nos são transmitidos, nada mais é do
que, aprender e experimentar o que gera aprendizado com responsabilidade.
Façamos como a música, que ao ouvi-la, encanta e seduz levando a uma sabedoria
transcendental para a evolução espiritual e cultural.
Todo ambiente musical é cercado por auras puras, claras, translúcidas, brilhando
como as coroas das santas de todos os altares.
Eis a verdade. De tudo e por tudo, espumas evaporam-se nas brumas do
esquecimento, porém as lembranças não se dispersam nem nos crepúsculos nem nas
alvoradas porque ressurgem puras, em todas as auroras do viver.
|