Diz-se que dom é aptidão e dádiva, potencial, é conjunto de qualidades inatas.
Quando escutamos uma música, ficamos a imaginar qual o motivo de quem a criou.
Sabemos que os grandes mestres do passado eram uns apaixonados vibrantes,
compuseram verdadeiras jóias legadas a gerações e gerações, e que se perpetuarão
pelos séculos e séculos.
Enquanto existir a sensibilidade, a busca pelo belo, jamais uma música será
extinta ou esquecida.
Com elas parece que a claridade vence a sombra, os sons vencem o silêncio, o
amor vence o ódio.
Como é gratificante ficarmos a ouvir pessoas com belas vozes.
Parece que o dia fica sereno, o céu mais azul, e a nuvem passa calmamente no
infinito dos céus.
Tudo ao redor entra em êxtase, é um sentir difícil de reproduzir em palavras,
isso tudo é estranho.
O mundo parece mais bonito, tudo fica perfeito, não pensamos em guerras, em
discórdias, em rancores.
Vozes são como os cantos dos passarinhos que nos intimam a calar e só ouvir.
Parece que há bandeiras tremulando em cada brisa que passa, em cada nota
entoada.
Ao cerrarmos os olhos, lâmpadas divinas estão no alto junto aos cantores.
E tudo é tão sereno, calmo e os brilhos fulgurantes das almas sacodem os
corações.
Não ouvimos os sinos vibrarem, apenas as cordas vocais daqueles que nos encantam
e seduzem.
Naquele momento sublime, parece que a Terra toda se desmancha em lágrimas,
pulverizando o espaço com doçuras e encantamentos.
Dons e potencial não explicamos, mas sabemos serem segredos de Deus e da
natureza.
Concluímos
assim, em sã consciência, que tudo são reflexos da ternura e de muito amor! |