Dor é sofrimento, mágoa, aflição
Por que então a sentimos?
Nas tantas horas já vividas
Umas calmas outras nem tanto.
Se no amanhecer ou anoitecer
Cantam os pássaros no seu alegre retornar
Que dizer do homem que quer consertar seu corpo
E no dia-a-dia extingue todas as tristezas.
Curam-se órgãos, almas lesionadas
Desprotegidos buscamos as tecnologias, as
ciências
Há uma medicina aprimorada
Mas ela nunca desvenda
O desejo de não morrer.
Nessa meditação sonolenta quando a tarde finda
Teima em reinar sobre a Terra a incessante
busca pela vida.
É ela que buscamos a cada dia
Tentando transpor obstáculos
Como a goteira que dos telhados surgem
E fortemente derrubam as flores dos jardins.
Mas elas renascem a cada primavera
E transbordam de alegrias os corações
Vida é trabalho, ideais, belezas
Viremos mais uma página dessa vida
E que ressurja dulcificante na ternura
Na paz e no amor.
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