Trago no peito a dor
silenciosa
Da saudade
Trago no peito saudades
acumuladas
Pelos dias de uma
ausência
Que o tempo não fará
desaparecer.
Trago no peito uma
saudade infinita
Quero como poeta compor
madrigais
Como aquele musicista
que
Sabe criar sons tão
sublimes
Só pra maravilhar o
mundo.
Trago no peito a saudade
Saudade dos dias e dias
vividos
Compartilhados nas
tristezas e alegrias.
Trago no peito a dor
inimaginável
Que rasga
silenciosamente o coração
Estraçalha as alegrias
Fortalece as emoções.
Trago no peito como
aquele ruído
Da chuva que cai na
relva seca
E vagarosamente penetra
e acumula.
Trago no peito
A fortuna de saber ter
sido amada e amei
Trago no peito a saudade
de quem agora
Voa no espaço feito
anjo.
Trago no peito a ventura
da convivência
De ver brotarem arte nas
mãos
Amor, amizade, carinho
no coração.
Trago no peito a fortuna
de poder sentir
Esta saudade abstrata,
imaterial, dolorida
Que faz perpetuar o
amor!
Trago no peito a certeza
de não enfraquecer
Com a fé inabalável que
o coração sente
E poder proclamar frente
aos raios do sol
Que mesmo inatingível ao
poder da minha mente.
Saber que são os
contrastes que Deus nos oferece
Felicidades...
Tristezas... Alegrias... Saudades
Que nos fazem
continuar...
Saudades... Ouvir dos
céus os cânticos
Mais lindos que cobrirão
todas as estrelas
Pela vontade suprema de
uma nova vida!
Manhãs! Noites!
Perfumes!
Mãos estendidas
Caminhar ..
Poder agora ouvir todos
os cânticos celestiais
São dos anjos... Assim
como você, José!