Neste momento da sua vida onde te encontras solitário, procuras algo que nem
sabes bem o que é.
Naquele alto da montanha, nuvens parecendo cogumelos surgem altaneiras,
indicando que a natureza é pródiga em belezas e até surpresas... duvidas ser
verdade tudo o que vês à tua frente e imaginas como puderam ali estar, tal um
cogumelo aconchegado por entre as duas serras verdejantes.
Aquele belo espetáculo não sai da mente e ficas a pensar que imagem mais
intrigante jamais presenciada por ali.
Quando a noite estende seu manto negro por entre vales e picos, um céu mais
lindo aparece com milhares de estrelas faiscantes que observam o que está cá
abaixo.
Ainda na introspecção e dos pensamentos daquela manhã radiante, quando o sol
dourado contrastava com o verde da mata, aquela branca nuvem imóvel surge
inesperadamente!
No entardecer, teus olhos reveem as brancas espumas no céu.
É noite escura, total silêncio, apenas o roncar de uma moto que se aproxima.
Vais até a porta olhas para aquele céu encantador e o que vês?
Algo brilhante com coloridos piscantes, num repente está bem no alto naquele
faiscar de luzes, muitas dúvidas... o que será?
Observas o objeto estranho e, como distante está, começas a refletir
silenciosamente procurando entender o que se passa.
No arredondado objeto que expande pequeninos feixes de luzes, inexplicável,
intrigante é, que o leva a pensar haver uma chave que transforma luzes e formas
rapidamente.
Imaginas que se vá assim como chegou, silenciosamente a enfeitar a noite dos
nossos céus e a te dizer... não estranhes... jamais entenderás isso tudo na
tranquilidade do ora, que se vá e repouse num raio de luz da lua e migre pelos
ares rumo ao seu destino, pois certamente aqui deixará energias desconhecidas.
Agora, sinta teu coração que pulsa e palpita intensa e descompassadamente.
Espere com ansiedade e candura aquela que em todas as manhãs e no anoitecer no
benfazejo abraço de boas vindas te diz... oi... aqui estou...
Nesse momento tudo muda dentro de ti.
Deixes fluir aquele sorriso e que auras fulgurem ao teu redor... agora, na
calmaria do aposento a meia luz, tendo nos ouvidos aquela voz a dizer-te...
Repouse... durma... sonhe... sonhe...
Até o amanhecer!!!
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