Em meio a madrugada escaldante, ouvi uma voz...
Meu aposento iluminado apenas pelo clarão de um luar
prateado muito lindo, mostrava um céu decorado por milhões de estrelas!
Escutei novamente uma voz...
Baixinho perguntou-me: − Quem é você?
Respondi um tanto trêmula... ”Sou aquela que abre seu
coração aos angustiados, ouve os desencantados, procura assimilar suas
reclamações e, oferece palavras de conforto.
Sou aquela que não se cansa de ouvir reclamações, procura
entender a personalidade daqueles que lhe pedem mesmo sem saber... socorro!
Meu nome é paciência, abnegação, estimulo, um ombro amigo do
tamanho do mar e de todos os oceanos juntos.
Quem sou?
Sou aquela que cala-se enquanto ouve, porém não admite
mentiras, enganações, desconfortos de desiludidos que não querem mudar.
Escutei outras vozes, não concebo se dormia ou estava
naquela madorna suave que nossas avós tanto falavam.
Sou aquela que testemunha atos e fatos nem sempre
verdadeiros e sensatos.
Quem sou?
Sou aquela que procura ouvir não só com a emoção necessária
para analisar realidades e ilusões, tendo anjinhos róseos a bailarem acima da
cabeça!
Quem sou?
Sou apenas uma mulher que encanta-se com o voo dos
passarinhos, com seus gorjeios tão lindos, com o lamber da LAIKINHA minhas mãos
e, seu focinho a cheirar meus cabelos.
Respondi para aquela voz que inquiriu-me na madrugada...
“Sou uma pequena mulher, vibrante e guerreira, honesta e amiga, que adora falar
de amor em seus versos, que admira amigos leais, e ama a família.
Quem sou? Penso ser como aquela pequenina gota que
desprende-se de uma folha ou pétala de flor e, evapora-se nas brumas dos
pensamentos, deixando apenas um sorriso afetuoso e sincero como se esse fora o
último suspiro de um crepúsculo cristalino ou, a aurora da eternidade!
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