Nas alvoradas caminhos existem

E os panoramas configuram cenários

Que como em súplica dizem

Fica proibido.

 

Que se compre por vaidade

Um cãozinho

E depois o abandone

Por vivenciar que ele faz peraltices.

 

Que se compre por achar bonitinho

Um cãozinho

Que como toda criança

Destrói panos do sofá e brinquedos.

 

Que se compre por motivos fúteis

Um cãozinho

E ao primeiro cio

Lance o bichinho às ruas.

 

Que se compre porque o filhinho pede

Um cãozinho fofinho e lindo

E na primeira viagem mais longa

Deixe o portão aberto

Para ele ir em busca do desconhecido.

 

Que se compre porque é dia dos namorados

Aniversário dele ou dela

Um cãozinho de olhos castanhos

E à primeira desavença

Se violem a bondade e caridade.

 

Fica proibido sangrar um cãozinho

Com chutes e ponta pés

Com vassouradas e gritos

Só porque ele fez xixi em seu carro ou na grama.

 

Fica proibido perturbar quem só sabe amar

Não consinta que o fantasma da ira

coloque em suas mãos a tala

que desce forte, inabalável.

 

Fica proibido não saber acariciar um cão

As mesmas mãos que navegam nas peles

De um homem ou uma mulher

Devem deslizar por entre pelos

De um cãozinho abandonado.

 

Fica proibido violar vidas

Manter sim, condutas de convivência fraterna

Seria como a sinfonia com um fundo em prece

Engrandecem a alma, glorificam o homem.

 

Que os corações revelem atributos

Que possam os cães e outros animais

Vislumbrarem no ser humano

Aquela coroa de flores

Dizendo: “sou seu amigo, vem.”

 

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Fale com a autora:  lyzcorrea@hotmail.com


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