Quando a tarde
cai,
por entre os
galhos do arvoredo
vislumbro um
vulto e paro
escuto um som
maravilhoso.
Se as luzes
acendem-se
nos caminhos
pequeninas criaturinhas
juntam-se numa
algazarra com gritarias
é hora do
recolher.
Contrastes, são
panoramas de um mundo
que só os
sensíveis vislumbram
porque cenários
como de um pedaço do céu
do desabrochar
do botão de flor ou do canto
de um rouxinol,
são indescritíveis
Quisera
transmudar o Universo
desenrolar os
filmes mais belos da natureza
onde possamos
ver as derradeiras
esperanças e os
sonhos tão desejados.
Que se ouçam as
cigarras
naquelas
frondosas amoreiras
e se aspirem os
sais perfumados
de todos os
roseirais.
Cheguem até mim
pequeninas aves
dos espaços azuis dos céus
deixem-se cair
na relva verde e úmida
ou pousem nos
galhos tristes dos pinheirais.
Graciosos são
seus passos
tal qual a
bailarina que suavemente
singra os
palcos
voe livre,
busque a liberdade.
Deixe que as
luzes se apaguem
soberbas as
estrelas como em chamas crepitantes
clarearão
pouco a pouco os caminhos
como mágicas
varinhas de condão
Agora, conceda
a graça
de unir em
belezas terra e céus
que os sons
agora se calem
e ouçamos
apenas o pio
daquele...
rouxinol!
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