Alta madrugada.

Prestes a encerrar meu micro, uma vontade aflora para que escreva. Assim, pensativa, coloco nas páginas sentimentos, emoções, verdades.

Daqui não avisto a Lua nem seu brilhar no céu!

Quanta  saudade daquela casa onde avistava pela janela um céu mais lindo, todo iluminado e em todo seu esplendor.

As milhões de estrelas e todos os astros na abóboda acomodavam-se num espaço sem fim, ou terá o Universo fim?

Na abstração dos momentos de solidão, apenas a madrugada é minha companheira fiel, que escuta meus desabafos e meus tantos ais... porque meu Deus temos momentos de glorificações, de pesares, alegrias ou tristezas, de saudades inexplicáveis.

Se ao caminhar na tarde ensolarada, ouve-se o gemer do arvoredo, na madrugada o que se ouve é a voz interior, onde o coração palpita fortemente.

Quando no umedecer dos olhos cintilam as lágrimas silenciosas da angústia pelos instantes em que a razão perde-se nos labirintos cerebrais, cadeias de neurônios unem-se na pródiga receita de lembrar ao vivente, que na alma não esfacelamos sentimentos nem os sentidos tão vibrantes daqueles que compreendem que viver é uma ventura e quiçá também uma grande aventura?

Madrugada! Sombras por todos os lados! Sons celestiais!

Madrugada dos gênios, dos boêmios, dos sonhadores, dos espirituais!

Quisera ver nas estrelas o vulto de todos que passaram pelas nossas vidas e partiram.

Quisera ver na luz da Lua todas as palavras benfazejas já ouvidas.

Quisera não ter comoções que dilaceram a alma, mas esperanças que no alvorecer como um lindo sonho, todas as esperanças concretizem-se.

Se os rasgos de luzes confortam pelo Sol que teima em aparecer no horizonte lentamente e num crescer frenético ilumina tudo e todos, o que dizer da poeira dourada que esparrama por toda  natureza?

Agora, no momento sublime de mais um dia, paremos, cerremos os olhos, é a glorificação do poder ouvir os acordes do espaço e saber que os clarins que anunciaram os albores da madrugada se foram e da beleza prateada emanada da Lua, uma explosão de doçuras, cobrem de bênçãos e promessas de paz e amor, toda Humanidade!

A madrugada foi-se, partiu em busca de novos caminhos e outros horizontes.

Com ela levou as sombras e amarguras, assim como o mar agitado leva as brumas até a praia, ou ao longo de todos os oceanos.

Adormeça agora.

Sonhe enfim!


 

 


 


 

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Fale com a autora:  lyzcorrea@hotmail.com


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