Neste domingo tristonho e cinzento, quando a aurora sempre tão linda veio acompanhada por uma névoa, nos mostra que os albores de um outro dia traz consigo luzes com raios dourados e assim, desaparece a lembrança do dia sombrio que passou.

Temos de olhar para as curvas dos caminhos, contemplar a trajetória que seguiremos, tendo como companhia os fulgores de um novo amanhecer.

Com eles podem vir esperanças, dias de novas jornadas, novas alianças, e certezas que cairão chuvas de bênçãos sobre nós.

Não deixemos que a tentação de deter essas caminhadas seja ofuscada pelo receio que lá na frente novas alvoradas não despontem.

No entardecer, aquele crepúsculo leva à meditação e assim percebemos que logo estaremos aos pés da noite e como que por encanto aquele instante mágico iluminará não só o firmamento mas também nossas almas.

Somos tal qual andarilhos vamos em busca do não sei o quê.

Se naquela alameda existiam rosas é porque ali há tranqüilidade para elas sobreviverem. Ninguém as molesta, lá estão para adornar com suas fosforescências não só nossos caminhos mas nossas vidas.

Nos instantes de concentração profunda, naquele retalho do céu azul que se desdobrado em pequeninos fragmentos coloridos revela que a natureza é um enorme bem e que somos predestinados porque temos implantados em cada um de nós a bondade, a fraternidade,o amor.

Por que dizemos até logo?

Por que logo retornaremos emoldurados aqui como numa tela com cenas do nosso viver.

Não tenho a sensação do nada, tenho a sensação do tudo, a certeza que o hoje me levará até o amanhã e que aqui estarei a conversar novamente, tendo o palpitar do coração num uníssono com o de todos, com serenidade que ao final emudece na emoção.

Saudades.

ATÉ LOGO!