Em plena madrugada de um inverno rigoroso, o céu abrigava faceiras estrelas tão brilhantes que os apressados andantes de volta aos lares, tinham que parar e pensar como tudo aquilo era possível.

Será que entre elas havia alguma competição para se saber qual a mais ofuscante e poderosa? pensava Edith.

Mulher vibrante, inteligente, contestadora, irreverente, era uma sonhadora, que amava as madrugadas para que das janelas do seu aposento observasse a noite, sem deixar de pensar... por que não posso ser como as corujas que da escuridão tiram a sua claridade e visão?

Como é possível identificar no imenso manto harmonioso, aquela carregada de preciosidades tais, que encantam aos sonhadores?

Ali, uma fogueira crepita em chamas, dando ao espaço um colorido avermelhado como a pedir vem, aqueça-se aqui e olhe para o céu, veja como a Lua veste-se de prata, tal como a bela mulher que adora ser amada e admirada.

Acolá, desmoronam as ilusões dos que sonhavam em ter como a chuva, a regeneração do solo pela água fértil ou das lágrimas redentoras que calam os corações angustiados.

Na doçura de um sorriso, na candura do afagar as mãos e colar os lábios na pele branca, contemple como há fantasias no quadro idealizado da felicidade.

Sem saber se há outros mundos diferentes ou iguais, Edith imagina pisar em todos os degraus das escadas e tenta chegar até onde for possível continuar a sonhar.

Assim, na contemplação muda da grandiosidade que vê a cada dia e cada madrugada, curva-se ante a fragilidade do homem à suprema força Universal e nas pétalas das flores esparramadas ao chão pelo vento frio, reafirma que doçuras há em cada cantinho por onde passam todos os mortais!

Recolhe-se Edith agora, desaparecendo na penumbra.

Um soluço, uma crença, raios de esperanças, porque no ar a musicalidade dos sons dos clarins torna o espetáculo agora, muito mais vibrante.




 


 


 

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Fale com a autora:  lyzcorrea@hotmail.com


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