Uma luz irradiava no amanhecer

a sublime vontade de lembrar

que por entre a veneziana

da janela do quarto

via você!

 

A cortina leve, com a brisa

movimentava-se lentamente

num ritmo suave como que

a acariciar o rosto e os cabelos

 

Aquela era uma manhã

que desdobrando os lençóis da cama

cobria não só o corpo

mas todos os pensamentos

 

Naquela manhã,

promissor era seu retorno

e as lágrimas derramadas

apagavam as dolorosas saudades

que deixaram cicatrizes profundas

 

Eis que na manhã radiosa

a presença da magia do canto

da passarada junto a janela

extinguia a nostalgia

 

Nela reside todas as venturas

e que manhã de alegrias

de preces, de sonhos

tão intensos, quanto lindos!

 

Naquela manhã... você... e... eu!

 

 


 


 

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Fale com a autora:  lyzcorrea@hotmail.com


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