É no entardecer que nas almas afloram sentimentos
e, uma sinfonia harmoniosa, invade os corações. No seu recôndito, uma paz imensa
surge naquele ambiente de paz, nostálgico, belo, entre santos e anjos com suas
liras e harpas, envoltos em leves mantos azuis.
Na tranqüilidade da casa chamada de Deus, quanta
harmonia nos sons emanados por um órgão que preenche os espaços na nave e nós
ali, quedados, ante aquele ambiente que de modo geral o povo esqueceu de
procurar, sem que seja preciso lá ir orar, mas, sentir uma força inigualável.
Que espaço tem hoje o homem onde possa refletir?
Nos seus lares são aparelhos barulhentos nem
sempre úteis à nossa permanência frente a ele, caso da televisão, do videogame,
dos DVDs, onde cenas e batalhas travadas, encantam os adolescentes e as
crianças.
Naqueles instantes de concentração ao que se faz
ou se assiste, esquecemos das horas passadas no ambiente de trabalho, no
trânsito confuso das cidades, nos aborrecimentos pelo congestionamento, pelos
olhares nem sempre brandos de outros motoristas estressados, pelas buzinas
indecentes que ferem os ouvidos, e ali, no abrigo do nosso lar, chegamos e
temos de saber selecionar.
E os filhos, onde estão?
Nas incertezas do mundo moderno e apressado, só
nos resta a evocação aos céus de os protegerem e que as estrelas que faíscam num
céu agora todo negro, desenhe uma redenção... a redenção humana... pela oração!
A Oração que cada um tem dentro de si... no
desdobramento dos sentimentos bons que afastam a crueldade e a tirania dos
corações que não tiveram na família o seu esteio!
E na magia dos momentos de preces quantas
emoções!
Se nas caminhadas tropeços houveram, é na
tranqüilidade de um cantinho que refletimos, e com suavidade afastamos
pensamentos de incertezas que a vida nos prepara.
É na evocação permeada de retalhos de muitas
orações que podemos contemplar montanhas de felicidades envoltas em raios de
luzes.
Tanto nos crepúsculos quanto nas alvoradas,
imploramos sutilmente proteção, e nos permita que mesmo sem os arrebóis dos
roseirais possamos na penumbra cascatear sorrisos numa jornada de vida tranqüila
e feliz.