Cada vez que venho até meu computador para escrever algo, as idéias afloram, mas, com cuidado, penso se devo mesmo dizer o que penso.

Sinto a cada dia que se vai, uma certa angústia em perceber que vivemos num mundo onde convivem pessoas ambiciosas, aqueles a quem não podemos confiar, metem-se na vida dos outros sem olhar para a sua que nem sempre é das mais louváveis.

Meu saudoso pai, a pessoas assim, dizia: “São catervas”, pejorativamente lógico, porque essa palavra significa isso mesmo, animais e pessoas não confiáveis, por não serem felizes, nunca aceitarão que outros o sejam!

Lindo é podermos olhar ao redor e constatarmos que a felicidade transcende nas pessoas, pois nada mais significativo que ao aproximarem-se, mostrem nos lábios sorrisos, nos olhos brilhos, nas palavras agradecimentos, na vida felicidade, transmitindo ao ambiente uma tranquilidade, que no aconchego, no calor do abraço, sinta-se as vibrações que vêem do espírito.

Como seria bom poder dizer a cada momento, você significa muito para mim.

Que ao plantar uma flor ou árvore, tivéssemos a certeza que por suas raízes, ocorrerá a perpetuação da espécie, seja na primavera já toda florida, ou no inverno, onde são castigadas pelas intempéries do tempo tão hostil.

Tenho certeza absoluta que ninguém caminha só, certamente haverão espinhos, que nas roseiras são protetores, para humanos, são desafios a enfrentar.

Quem cruza os oceanos sabe que pode a sua frente, ter uma tempestade violenta e aí exigirá perícia, força, garra, confiança, e mesmo assim, vê que ao longe, um Sol brilha como sempre, único, na beleza e resplandecência dos seus raios dourados.

Na esperança que trovões e raios dispersem-se na imensidão do Universo, pássaros alados fazem o revoar nas alturas, lânguidos, suaves, asas ao vento, na tranquilidade de ter no pouso, o descanso merecido.

Quisera sentir nas pessoas a mesma pureza que há nas crianças, sabendo que as esperanças plantadas em solo fértil, explodirão em cores como nos candelabros, porque as luzes ao espargirem-se nos ambientes, tirarão as sombras das noites.

Nada de trevas, nada de sonos, esqueçamos os “catervas” das nossas vidas, melhor trazer os parques e os rouxinóis, as flores, as alegrias, os perfumes, tudo de bom, enlaçados nas fitas acetinadas da esperança!

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