Na
penumbra da sala de visitas,
alguém recosta-se numa
namoradeira de veludo verde...
Com
o olhar fixado no alto...
analisa a pintura em florais do teto,
onde
o gesso... forma belos contornos
junto às paredes e espaço dos lustres de cristal.
O
lustre... todo enfeitado com pingentes...
que
acionados pelo vento
que
chega pela porta entreaberta da sala,
emite ruídos característicos...
indicando boa qualidade...
Ali
na penumbra... esquecido num canto...
um
velho abat-jour adormece.
Torneado em jacarandá...
.sua
cúpula tem um tecido todo plissado...
em
finas nervuras... e nas extremidades...
pequenas pedras semi-preciosas que brilham
com
a luz do luar...
que
teima em iluminar levemente...
aquela sala... escolhida para
o
retiro voluntário e silencioso!
Na
mesinha central...
dois
camelos em porcelana azul turqueza...
servem de apoio para...
o
tampo em vidro temperado...
onde
peças antigas... estão expostas...
É
noite... silêncio total...
Vez
ou outra a luz de...
um
farol de automóvel que passa...
ilumina o asfalto refletindo na sala...
tornando-a... amarelada...
Na
namoradeira... continua a cena...
um
vulto sobre ela...
Que
pensa... ou sente?
Será
que lágrimas rolam pelo seu rosto...
ou
sorri ao lembrar...
de
um beijo... um abraço... tem saudade ?
A
cortina vaporosa de voal...
prende-se à lateral da porta-balcão com...
uma
fina correntinha de metal dourado.
E a
velha namoradeira....
continua abrigando um vulto...
um
vulto esguio...
que
agora levanta-se...
coloca uma música no CD...
solta aos longos cabelos negros...
caminha até a janela...
abre-a... respira fundo...
levanta os braços...
como
num apelo aos céus...
e chora!
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