Respeitosamente curvo-me frente àqueles

que anonimamente trabalham pelo bem comum

àqueles que diante de gente sofrida

armaram cruzes toscas derramando lágrimas

ao som das flautas dos anjos celestiais...

 

Ao longe, no gemer das árvores

a terra lamacenta encobrindo corpos

viram tombar como num campo de batalha

animais, pessoas, coisas...

 

Como soldados impávidos que não temem a morte

seguem silenciosamente

sabem nada acaba

tudo se transforma e se renova...

 

Nas noites escuras e misteriosas

enquanto as estrelas cintilavam acima das nuvens

olhos dos pequeninos famintos,

esperavam afagos, caricias...

 

O vendaval passou

açoitou, levou destruição, esperanças, quimeras.

A vida dilacerada, amargurada,

só restou escuridão...

 

Eis que é hora da renovação.

As estrelas tornam a brilhar,

o Sol a aquecer

e acordes místicos anunciam nova era...

 

Que os clarins pelas manhãs sejam benfazejos

que ao anoitecer mãos juntas em oração

com amor, paz, misericórdia

se contemplem as luzes de Maria

e a glorificação de todos os anjos e santos dos céus!

 

 


 


 

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Fale com a autora:  lyzcorrea@hotmail.com


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