Há momentos que vemos tudo colorido, brilhante, esvoaçante e, assim, seria como
que ficar por entre nuvens róseas num céu muito azul, pensando ser um passarinho
com asas leves para voar... voar... até o infinito.
Quando há alguém a nos esperar, o recordar momentos felizes que juntos
vivenciou-se, é por demais sublime. Porém esses momentos nem sempre são
constantes daí questiona-se se existe felicidade.
Quando uma dor silenciosa começa a surgir em espaços doloridos, e, por momentos
lágrimas surgem em profusão que lentamente despencam
pelas pálidas faces definindo-se daí como preencher as lacunas que certamente
aparecerão?
Ao deixar um amor, uma paixão partir, sair do controle do coração, a verdade
incontestável surge, porque a dúvida o questiona... porque as raízes não fixaram
fortes nos corações, nas sensações, nos abraços, nas carícias, porque não se
pode fazer como as árvores que crescem e lentamente fortificam-se por entre os
sulcos da terra?
Se existirem em nossas vidas áreas onde dores alojam-se pode crer, elas estão
nos sulcos dos nossos corações que batem... batem... mas covardemente
espreguiçam-se nos embalos da tristeza e da desilusão.
Se alguém conhecer trilhas ou atalhos que impeçam mágoas, digam por favor aos
enamorados, porque os sinais que podem ser vistos pelas finas dobras de todas as
veias e artérias, não são como os pequenos riachos que cortam o chão e penetram
nos rios mansamente.
Quando dos abraços pedidos alguns são negados, não mais existe amor, ou quiçá
jamais existiu, perceba que só na reciprocidade no ato de amar pode reforçar o
que dizemos é o amor!!!
Jamais esqueça que o entalhador recorta pequeninas fibras da madeira e ali vai
formando delicados desenhos de rosas, flores, tão perfeitos quanto o que
idealizamos em nossas mentes para nosso bem querer.
A vida é doce e nela há sempre venturas, como aquele jardim coberto de flores no
aveludado das campinas que reflete o azul do firmamento com o despontar risonho
das auroras e em todos seus encantos, jamais permitirão que murchem as flores ou
que as tardes sejam mudas, mas que elas repousem no dourado berço da natureza
com roupagens ternas de doçuras e esperanças... esse é o... amor eterno!!!
|