Ao transpor o portão de um aeroporto, entre tantos e tantos passageiros, deparei-me um dia com uma mulher alta, com cabelos claros, pouco ondulados.

Seus olhos de um azul muito claro, demonstraram certa candura.

Vi que fazia parte de um grupo de viajantes, onde a maioria já rodara o mundo, mas eu, era aquela ave que ingressava naquele mágico mundo do turismo, com pessoas alegres, comprometidas em visitar locais atraentes, como aconteceu.

Alguém aproximou-se dizendo... Judith... esse seu nome, tão suave quanto sua voz. Fomos apresentadas e ali iniciava-se uma amizade que envolve não só almas, mas também, corações.

Daquele momento em diante, houve uma sincronia, uma ligação tão sincera e leal entre nós, que passamos dessa data em viagens a compartilhar o mesmo apartamento.

Assim, angariei mais uma grande amiga, aquela que nas noites de silêncio, nos momentos de querer algo dizer, o telefone é o recurso onde ficamos por infindáveis minutos conversando, trocando ideias e relaxando do dia, se este foi estressante ou não.

Nas noites amenas ou de inverno, quando das despedidas, desejamos que sonhos sejam lindos, que as noites repletas de estrelas, venham iluminar os lares dos que queremos bem, assim como fazemos nossos corações irradiarem aqueles brilhos dourados que chegam aos nossos filhos, netos, e, todos nossos amigos.

Quando das recordações que temos do passado saudoso de cada uma, das lutas e dos trabalhos, ouvem-se suaves músicas que acalentaram nosso viver e sinos que lembravam as grinaldas das santas dos altares recobertos com florais.

Judith... amiga... quando as estrelas começarem a resplandecer na imensidão desse céu sempre azul, e no badalar plangente dos corações, ergamos nossos olhares para o alto, pedindo que nunca nos esqueçamos que os aromas santos da bondade infinita que vejo no seu coração, nunca se desfaça.

Cantarei como poeta sempre o bem querer, o apego aos passarinhos que povoam os céus, as flores, as matas, as cascatas e todos os mares.

Assim, lhe ofereço humildemente Judith, os lírios alvinitantes com o eflúvio santo das bênçãos e venturas da minha sincera e leal amizade.

Que no passar dos anos, ao lembrar com saudade a maturidade que hoje possuímos, acumulemos tesouros compostos por madrigais e combinados com os sublimes sons das mais belas canções.

Quando no amanhã aqueles raios de sol penetrarem pelas janelas, saiba que são fortunas que jamais extinguirão, pois nada é abstrato ou imaterial.

A chuva que contrasta com o despencar das cachoeiras, pouco se pode explicar quanto as razões da natureza, porque para a análise humana, perde-se na confusão dos pensamentos.

Vivemos num imenso teatro e somos atores e espectadores ao mesmo tempo, unimos pela amizade sorrisos, lágrimas, recordações, indo até o fundo oceânico que recoberto por corais e estrelinhas do mar, candidamente deixa o murmúrio do bater dos corações. mais acentuados.

No jardim da sua existência, certamente esperanças estão presentes, e, naquele altar onde se fazem promessas no silêncio absoluto, essas flores são entregues junto aquele pássaro que entoa sua canção... Judith, escrita em forma de oração.

 

 

 

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Pelo EnvioWebaguia

 

Fale com a autora:  lyzcorrea@hotmail.com


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