Geralmente converso com pessoas em filas de bancos, nos ônibus, nas lojas, enfim, onde há aquelas que sorriem ao nos aproximarmos.

Já é um bom sinal esse sorrir, porque geralmente, filas incomodam e os semblantes mostram o desconforto da demora.

Não podemos acusar aqueles funcionários que, nos caixas, atrás de vidros e grades para sua proteção e dos clientes, são obrigados a sentir na pele, o que é ser um recluso.

Pelo meu jeito de ser, não seria um trabalho que eu faria feliz.

Adoro lugares claros, arejados, abertos.

Com os perigos rondando onde há valores, essa prática de proteção é usada para a preservação das pessoas, mas é desagradável, deveras.

Nos ônibus, as reclamações são com o excesso de passageiros, bancos escorregadios, insegurança com as bolsas e demais pertences.

Nas lojas e mercados, as mãos leves também estão à espreita de alguém descuidado, para surrupiar bolsas e agasalhos deixados nos carrinhos de compras.

Uma queixa que tenho observado com freqüência, é aquela relacionada com o tempo. Você já não ouviu pessoas dizendo... nossa, como o tempo voou, o mundo está perdido mesmo e eu nele rodando.

Ouviu isso, não?

Algumas senhorinhas de cabelos grisalhos, dizem não conseguirem fazer hoje, o que “antigamente” eram capazes de fazer em determinado tempo. Algumas explicam. Eu trabalhava fora, cuidava e levava as crianças até o colégio, fazia os afazeres da casa e sobrava tempo para ver televisão, e, telefonar às amigas e parentes.

Hoje, minha vida é enrolada. Gavetas por ajeitar, guarda-roupas levo um tempão para colocar em ordem... rssssss... que sufoco ser lerda.

Numa reflexão, vejo que realmente, aposentados e os que não teem uma ocupação, estão realmente perdendo a noção do tempo e pouco olham, para o relógio.

Será não seria bom que voltassem a respeitar os ponteirinhos dele?

A vida é bela. Em cada lugar por onde passamos vemos com a aproximação da primavera, os jardins repletos de flores, a terra úmida abrigando sementes que explodirão com o suave calor, são os encantos da natureza refletindo e mostrando que para tudo há um tempo.

Todos os dias no horizonte desponta a aurora radiosa e nas noites enluaradas ou não, há encantos, só fixar o olhar para as estrelas que como um rosário, despencam das alturas brilhando na escuridão.

É o tempo do Universo que procuramos desconhecer, apenas admirar.

O mundo nos momentos em que refletimos, passa a ser como aquele palco iluminado e como atores desconhecidos e obscuros, sapateamos no tablado como que marcando e cadenciando o tempo.

 

 

 

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