Vi uma estrela cortando o céu numa noite linda do outono!

Surgiu próximo do Cruzeiro do Sul e rapidamente deslocou-se por entre outros astros... até desaparecer no horizonte negro... do outro lado do... mundo!

Em sua trajetória pelo céu... foi deixando um rastro luminoso como se fora um Cometa perdido no infinito.

Sentada na soleira da porta... pés descalços... cotovelos apoiados nos joelhos... muitas imagens passei a visualizar... recordando com saudades... meus tempo de criança!

A infância é um período de nossas vidas... onde recebemos informações tantas e tantas... assimilamos milhares... desconsideramos tantas outras... aos milhares também... mas as que nos são agradáveis... nunca esqueceremos.

Líamos os livros que papai trazia com avidez... e quando neles os temas abordados eram de cunho científico... mais especificamente... do espaço sideral... encantavam-nos deveras...

Nossa imaginação fluía de tal forma... que hoje não consigo conceber como a juventude do meu tempo... adquiria tantos conhecimentos... apenas na dedução ou fantasia... do que lhe era passado apenas formalmente... sem um único recurso áudio-visual... porque as escolas não os possuíam. Haviam os visuais... apenas.

Essa geração passou por grandes transformações... dos vestidos rodados e laços de fitas nos cabelos em tranças... dos cabelos naturais sem tinturas que apenas eram usadas pelas pessoas idosas... do uso do salto alto e batom somente após os 15 anos... quando se era considerada uma mocinha... com certo juízo e aptidões para enfrentar a idade adulta que estava próxima!

Hoje com tristezas... vemos que as crianças perderam sua infância...

Bonecas apenas até os 6 ou 7 anos...

Maquiagem usam desde os 3 anos... botinhas de plataforma deixando-as parecerem... adultas em miniatura... teimosas e vaidosas ao extremos... deixam pais atônitos sem saber o que fazer!

Tínhamos o hábito de observar a natureza... e tudo que nela podíamos ter por perto... eram os casulos nos galhos das árvores... os ninhos dos passarinhos... os sapinhos e rãs saltitando no brejo... as brincadeiras de pular corda... jogar tria... e pião... andar de bicicleta em frente nossas casas... apanhar no anoitecer os pirilampos iluminados... catar besouros para os sapinhos de estimação... tirar água geladinha do poço... beber gasosa e capilé de framboesa... comer pão-de-casa... assado em forno a lenha do quintal... e uma cuca coberta de farofa com goiabada ou uva!

Ao cinema... somente acompanhados por um adulto...

Hummmmmm... saudades não?

Saudades da Curitiba de então...


 

 


 


 

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Fale com a autora:  lyzcorrea@hotmail.com


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