Autora entre amigas esperando a partida no aeroportor
Mapa da
Terra do Fogo
Pelos estudos e tecnologia, descobriu-se que a Ilha Grande
de Terra do Fogo, já era ocupada, desde dez mil anos passados.
Havia uma diversidade étnica dos grupos humanos, convivendo
num ambiente bastante difícil.
Jazidas arqueológicas existem no atual Parque Nacional, nas
costas do canal de Beagle, em lagos, mostrando relacionamento destes com a
natureza.
Canal de Beagle
Suas moradas eram choças não permanentes, feitas com troncos
e próximas das praias. Deslocavam-se em canoas rudimentares feitas de varas e
cascas de uma árvore que chamam de “lengas” , por serem ressecadas e
resistentes.
Caçavam lobos marinhos, colhiam moluscos como mexilhões, e,
vestiam-se com um tipo de capa de couro desse mamífero.
Colônia de leões marinhos
Dizimados pela presença do homem branco, epidemias, caça com
tiro, e envenenamento, tudo culminou com a extinção desses grupos nativos e, sua
cultura.
O Parque Nacional é um demonstrativo de tudo que existia e
existe nessa terra linda, que chamamos de fim do mundo.
Com uma vegetação denominada Bosques Subantárticos ou,
Andino Patagônicos, integram o chamado Distrito Biogeográfico Magalhônico no
setor mais austral da América do Sul.
Bosque de lengas
Nos bosques há as lengas, conhecida como árvore bandeira por
causa da sua forma, que cobrem os bosques, as ladeiras das montanhas desde o
nível do mar, o guindo com maior umidade, e as estepes altoandinas e os turbais.
Há algumas plantas semiparasitas (faroizinhos chineses),
fungos parasitas, e o canelo que forma pequenos bosques.
Calafate
No cerrado existe um arbusto espinhento, o calafate vermelho
violáceo, saborosos em licores, geléias e sucos.
No verão, aparecem pequenas flores vistosas chamadas
palomitas, a orquídea e a luzurianga.
Há ainda os matagais de mata negra, e os turbais
característicos da Terra do Fogo, que por não receberem oxigênio e ácidos
morrem, surgindo com a umidade essa planta sem decomposição.
Paisagem:
Resultado da ação geológica e dos movimentos tectônicos, geraram o relevo
montanhoso, que junto a ação erosiva e processo de acúmulos dos antigos
glaciares, hoje existentes, formaram a Cordilheira dos Andes, os chamados,
cordões montanhosos que nos vales mostram profundos bosques banhados por rios e
lagos.
Clima:
A região apresenta um clima temperado frio, úmido., entre oº e 10 º, com neve
abundante nos vales e ladeiras.
Fauna:
Há uma limitada variedade de animais silvestres, exemplo umas vinte espécies de
mamíferos e noventa de aves., com ausência de anfíbios.
Guanacos da Patagônia
A raposa vermelha aparece com maior frequencia, o guanaco um
herbívoro nas zonas altas, o morcego, o ratón e o hullin vivem no canal
Entre as aves os gansos ou cauquenes, o pica-pau patagônico
muito ativo. São comuns os patos de vários estilos e espécies, e o condor com 3
m de envergadura.
O homem,
introduziu algumas espécies nesse ambiente que não estava preparado para
recebê-los, e, se
tornaram problema mudando a paisagem natural,
pois não haviam, caso dos castores, predadores para o controle dessa população.
No final do século passado, 1902, um presidente argentino,
decidiu construir uma colônia penal bem no extremo sul da Terra do Fogo, a
Patagônia Argentina, por ser local estratégico no canal de Beagle e, as
montanhas dos Andes.
Presídio, hoje transformado em
Museu Marítimo
Os prisioneiros que iam para a região, Ushuaia, eram
reincidentes criminosos ou considerados dos mais perigosos, e os presos
políticos, Assim começaram a construir o presídio que permaneceu por muitos
anos.
Também uma estrada de ferro construída por eles, passava
pelo canal de Beagle, pelo povoado e pelos bosques por uns 15 km.
Passavam os prisioneiros o dia todo num trabalho penoso,
derrubando árvores em condições extremas, e muita neve.
Em 1947 com sua extinção, foi-se pensando no turismo como
forma de atrair pessoal até lá, escrevendo nova história, usando os veículos
para o encantamento dos que viveram a história do trem, dos presos, e do local.
Poesia de autor desconhecido, certamente um preso, que
tentou fugir diz:
Quando olhar em direção do ocaso
Com meu triste olhar de mendigo
Me resigno a morrer como viajante
Que se rende a dor do seu fracasso.
A sombra que virá desde o ocaso
Me encontrará sentado no caminho
Se não pude chegar se nada espero
Para que vou dar somente um passo.
Que apodreça minha cruz entre a escória
Onde calou a fé do meu destino
E se cobriu de lodo minha memória
Não mereço outro fim, cruel peregrino
estivesse a noite da minha história
Deixando sangue humano pelo caminho
A autora num trenó no Centro
Uiversall Tierra Mayor - Ushuaia
Continuação
da viagen na Parte 2
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