Gostaria ao acordar, ver todos os dias um céu muito azul.

É uma cor que encanta pela suavidade das suas tonalidades, vejam porque os pássaros ficam tão lindos quando em vôo, suas penas multicoloridas contrastam com a tonalidade anil.

Gostaria no amanhecer, escutar seus cantos, e, poder rir com as algazarras dos levados periquitos que diariamente chegam até o pé de abacate, e ali, festivamente, mordiscam os frutos.

Como as aves primam na montagem dos seus ninhos, procuram os gravetos mais resistentes, sem arestas, como se fossem adereços a enfeitarem os berços e num vaivém sobrevoam espaços das cercanias, buscam nos arranjos florais pétalas e ramos.

Quão belas ficam as sabiás caminhando próximas a nós, como se de sapatos altíssimos estivessem equilibrando-se nas finas perninhas, mantendo-se esguias, vistosas, elegantes, únicas.

Se atentarmos para a natureza numa noite silenciosa, sentiremos aromas e perfumes tais, que evaporaram-se vagarosamente, por entre laranjeiras e jacarandás.

Resposta para tudo existe.

Os humanos pouco vivenciam os fenômenos que estão ao seu redor.

Poderiam observar que dos lábios partem as mais expressivas declarações de amor. Dos olhares, os mais efusivos e penetrantes lances de conquista. Das canções os mais belos acordes, e nas poesias, concentradas estão às palavras mais brilhantes que invadem corações mesclando com milhares de emoções.

Assim é o mundo... imenso vitral luzidio, traçado nas mais expressivas formas geométricas, buscando no arco-íris as combinações mais puras e perfeitas que se possa combinar!

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