“UM PÁSSARO QUE POUSA NUMA ÁRVORE NUNCA TEME QUE O GALHO QUEBRE, PORQUE A SUA
CONFIANÇA NÃO É NO GALHO, MAS NAS PRÓPRIAS ASAS” (Aglair Grein, psicanalista).
Quer palavras mais sábias que estas?
Todas as noites dormimos para sonhar e ao acordar tentamos recordar as cenas que
tomaram vida em nosso cérebro.
Se foi alguma tragédia muitas vezes nos vemos de joelhos e com a face úmida
pelas lágrimas que derramamos, parece que tudo foi e é realidade.
Se as cenas lembradas foram onde a alegria a felicidade imperavam, acordamos de
bom humor, felizes pela noite tão linda.
Quando das cenas somos participantes em uma festividade, queremos narrar os
fatos e logo veem os descobridores do que os sonhos querem nos revelar... Ah...
se você sonhou com vestido de noiva, jogue no pavão... se sonhou com água
parada, certeza que estará doente, se são flores que recebe... vai ser pedida em
casamento.
E, assim, são os sonhos desvendados e haja o gosto em escolher um entre os 25
bichos que existe naquele jogo popular.
Quando ao final da tarde o tal bicho não foi o sorteado, outra explicação para o
danado do sonho... sabe eu me enganei, não era vestido de noiva, era de baile,
pois noiva veste-se de branco, então só poderia dar pomba, mas e pomba existe
nesse no jogo de azar?
Oh Céus! Como pude me enganar tanto... eu sabia daria jacaré, mas na hora optei
pela cobra, a final ambos ficam próximo ao solo.
Tudo poderia ter dado certo se eu dominasse essa escala da bicharada e não
confundisse o 6 da cabra com o 5 do cachorro... ora bolas!
Com esses pensamentos passam-se as horas.
Cai a noite lentamente sobre a terra e o crepúsculo sugere sonhos e meditações.
Começa o bailar das estrelas no firmamento, tão lindas quanto a vontade de se
ter mais uma noite com lindos sonhos... coloridos, profundos, alegres.
Essa nostalgia sugere instantes de saudade.
Cessam as sinfonias da passarada, aproxima-se a hora das preces e recordações.
Como um filme, algumas cenas passam céleres indo descambar no túnel do
esquecimento, outras continuam impressas nas linhas expressivas da saudade.
Melhor estampar na memória apenas o que de bom vivemos.
Como dizem as palavras do inicio desta crônica, a confiança está em cada um de
nós. Os sonhos do silêncio das madrugadas poderão definir nossos destinos no dia
a dia. Quem sabe.
Lembremos que o
mais importante é o palpitar constante que aquieta nossos corações a cada
amanhecer! |