Sei lá o que dizer
se na madrugada não
vejo o Sol.
Sei lá o que dizer
se na madrugada
o silêncio é tão
dolorido.
Sei lá... se o
travesseiro
fofinho... de penas
de ganso
adormece sozinho.
Sei lá... se lágrimas
suavemente deslizam
pelas faces
porque tristezas pelo
abandono
ferem a alma
profundamente!
Sei lá... se os
caminhos
percorridos não
amenizaram
as angústias do
transeunte.
Sei lá... se o
peregrino
sorveu gota a gota a
vitória
por chegar até onde
seus passos
puderam levá-lo.
Eu sei... que na
beira do regato
o viajante descansa
os pés cansados
em suas águas
cristalinas.
Eu sei que na
evaporação
das brumas do mar
deixamos lembranças
quer seja no
amanhecer
ou no crepúsculo.
Se... temos
o murmúrio do mar
a pureza da criança
certa é a esperança
de auroras radiosas
até a eternidade!
EU SEI... EU SEI!!!