Bem pertinho daquela estrada, há uma cascata que despenca célere por entre encostas e pedras de uma montanha verdejante.

Dali, pode-se apreciar a exuberância da mata atlântica, como sempre, recoberta por milhares de árvores.

Algumas com florezinhas coloridas e perfumadas que ao caírem recobrem as trilhas percorridas por aventureiros que buscam a paz.

Ao exercerem uma fascinação imensa, qual mortal pode deixar de sentir-se pertinho dos deuses protetores da natureza?

Como num deslumbramento as fadas das florestas ressurgem vibrantes, esvoaçantes, sorrindo, tendo nas vestes retalhos de filó bordados com as mais graciosas fitas de cetim e pedras preciosas.

Todo aquele verde exuberante, contesta a presença do negro asfalto que serpenteia por entre vales, corta rios, lagos e sufoca as borboletas azuis e os passarinhos que pousam de galho em galho, buscando proteção para seu repousar!

Ao longe, palmeiras balouçam suavemente quando a brisa morna varre o ar.

Quando a noite não adormece, lembramos daqueles olhares ternos, infindos que nos fitavam, revelando tudo que palavras jamais expressariam.

Em cada palpitar do coração, em cada emoção expressa, sublimes pensamentos surgem e, aquele olhar vem com a graça do colibri, iluminado por pirilampos com milhões de fragmentos de todos os sentimentos mais puros.

Quantos mistérios, quanta busca de esperanças, quanta ansiedade no semear canduras.

No silêncio que se faz, parece existir uma busca por um amanhã com mãos entrelaçadas, flores descortinando pela pradaria, muitas nuvens bailando no céu, e, um crepúsculo mais lindo!

Aquela silhueta ao longe é a Lua ofuscando tudo ao seu redor.

Até as estrelas cristalizadas procuram fugir por entre as curvas do espaço e mergulham nas asas do amor!

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