Na tristonha noite sem luar, sussurros ouvem-se na natureza. É ela que na escuridão, sente falta da sua enamorada, a Lua que teimou em não aparecer!

As estrelas também fizeram greve, acompanhando

a velha amiga de todas as noites e todos os luares!

Naquele silêncio, há o prenúncio da ausência
de alvoradas e de luzes.

Quando as estrelas deixam de cintilar provavelmente

a Lua vai clarear outras partes arredondadas do mundo.

Se nas sombras surgem amarguras, nas poeiras
 cósmicas o retrato de bilhões de acordes musicais
 entoam uma suave canção de ninar!

Um vendaval varre no espaço as nuvens pesadas

que o encobriam e num passe mágico, a

tenebrosa noite desaparece.

Estrelas ressurgem ofuscando no firmamento

todos os astros.

Sem sombras, sem silêncio, sem amarguras, principia um novo dia, com o Sol a brilhar por entre pequenas nuvens brancas e uma Lua distante, pequenina, que ainda teima em aparecer no belo amanhecer!

A Terra sem a Lua diária a lhe iluminar, sem um Sol

a lhe afagar e dar calor num forte e grande abraço,

sem os ruídos de todos os planetas do Universo,

sem o murmúrio das cascatas e cachoeiras

sem o cantarolar da passarada nos bandos e a

chamar seu par, sem o sussurrar da voz dos

 apaixonados nos ouvidos, não teria ao final...

um poema e uma bela e indescritível canção!

 


 

 


 


 

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Fale com a autora:  lyzcorrea@hotmail.com


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