Ter um
amor, é ouvir os cantos maviosos dos passarinhos
Sentir
perfumes, aromas, cheiros nas pétalas das flores
Ver em
cada alvorecer o sol resplandecente
Em cada
anoitecer o prateado da Lua
Ter um
amor, é ao olhar para o infinito
ver nas
nuvens o rosto da pessoa amada
Fulgurante, sorridente, braços estendidos
Num
envolvente e carinhoso abraço.
Ter um
amor, é saber esconder lagrimas de felicidades
afogar
aquelas que rolariam pela face quando das tristezas
tal
aquele arco-íris simbólico, cristalizado
em cada
gota depositada no branco lenço!
Ter um
amor, quiçá melhor evaporar as gotas d’água
Nas
brumas do esquecimento, ficando apenas a lembrança
Do
último crepúsculo, do derradeiro anoitecer cantante
Onde
apenas perambulavam aqui, acolá, as luzes dos pirilampos!