Mês de dezembro! Aproxima-se o Natal.

A humanidade em festa, espera ansiosa pela festividade a mais linda das celebrações festivas do Mundo!

São as cidades que iluminadas mais parecem saídas de um Conto de Fadas. Arvores com milhares de lâmpadas, laçarotes e bolas coloridas enfeitam-lhe os ramos!

Caminhando por entre a multidão que nas ruas olham as vitrines estão, Josué e Marina. Mãos dadas, rostos sorridentes, observam as roupas em exibição nas lojas comerciais.

Param frente a uma onde brinquedos expostos chamam a atenção pelas formas, colorido e função.

Que comprar para os sobrinhos Paulo e Manuel ? Eles têm os brinquedos mais espetaculares com controle remoto, além dos eletrônicos que fazem a festa da criançada.

E para a afilhada Marina... será aquela boneca loirinha de olhos verdes ou a outra, toda em pano, como que um bebê recém-nascido ?

Absorta nesse pensamento, Marina baixa seu olhar quando vê uma pequenina criança, sentada no chão, mal vestida, olhos imensos e tristes, roupa amarrotada nada limpa. Pés descalços, mostrava falta de cuidados da família para com ela. Nada disse, nada pediu. Ficou calada, encolhida numa atitude de medo

Que fazia ali aquela criança... calada... receosa ?

Teria um lar?

Marina olha para a menina mal vestida, carente e lembra das crianças de sua família bem alimentadas e cuidadas, com brinquedos inimagináveis em seus quartos!

Uma lágrima rola pelas suas faces, e Josué que não reparara na cena, a abraça comovido !

― Que foi meu bem, ele diz

Mas ao ver Marina pegar nas mãos da garota e trazê-la, pra perto de si, compreende qual a emoção que tomou conta da mulher amada!

O casal... nada diz...

Levando a criança pelas mãos para o interior da loja, lhe diz:

― Escolha o brinquedo que quiser, pode escolher!

A garotinha olha tudo estupefata, mãos trêmulas e apanha uma pequena bonequinha de plástico, de cabelos negros.

Marina lhe diz... ― não querida.

Olhe ao seu redor... quantas bonecas ali estão!

Quero que você escolha uma bem linda para seu Natal

A menina timidamente responde.

― Não posso levar nenhuma outra boneca, porque ela não caberia na minha casa!.

Os dois enamorados olham-se... sem compreender de imediato o que a criança queria lhes dizer. Duas lagrimas agora rolam no rosto de cada um! Que fazer agora ? Aquela bonequinha de plástico escolhida era como ela... humilde... fraca... pequenina na grandiosidade daquele mundo fora da realidade em que vivem milhares de pequeninos por esse mundo de Deus !

Excluídos... excluídos da sociedade consumista... desumana até cruel! Que dizer da atitude de uma criança que antes viu a sua realidade mesmo desejando a boneca mais linda de toda a loja da cidade !!!


 

Fale com a autora:  lyzcorrea@hotmail.com


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