Trago na retina imagens, imagens da minha infância daquela querida infância, que jamais esquecerei, por mais que caminhe por curtas ou longas estradas.

A presença dos meus avós, pais, padrinhos ligados à fé e que sempre estarão presentes em mim.

Trago na mente paragens dos milharais em flor quando nos piqueniques dominicais passávamos por entre seus canteiros.

Tenho saudades das sapecadas dos pinhões quando papai acendia alguns galhos secos de pinheiros e com os dedinhos sujos do picumã, descascávamos um a um.

Quanta saudade das lagos, riachos e rios onde todos pescavam lambaris para o almoço     com a toalha estendida na relva, depois íamos molhar os pés e até tomar um banho no verão.

Meu pai gostava que eu arranhasse no acordeom dele alguma s músicas que eu aprendia ao estudar piano e ele pegava seu reco-reco e que alegria ao acompanhar-me e ao me ver tirar aqueles acordes no instrumento pesado para meu tamanho... e que sorriso aberto e franco via nele. Nesses momentos eu sabia que o estava agradando, porque coitado, meu pai era fantástico, mas tinha os dedos duros para dedilhar num teclado.

Que saudades tenho do fordeco que ele cuidava com tanto carinho, e nos levava a todos os cantos de Curitiba, mas o emprestava a quem procurava para ir a um casamento ou batizado fora da cidade, e voltava todo arranhado e sem combustível!

Minha querida mãe ficava possessa... dizia: “e você ainda empresta o nosso carro pra essa gente?”

Como era gratificante a chegada dos finais de semana, onde ele sempre arrumava um jeitinho de nos levar a passear.

Eu ficava extasiada com a facilidade que ele possuía em aprender músicas que minha avó cantava da terra dela com saudade é lógico, e meu pai a acompanhava. Quão inteligente era aquele homem bondoso, maravilhoso que eu chamava de... PAI.

O meu pai EDUARDO... quanta saudade!

 

 

 

 


 


 

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Fale com a autora:  lyzcorrea@hotmail.com


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