Um dia, não se sabe quando nem onde, a taça de vidro ou de cristal transborda e, o liquido colocado em excesso começa a derramar, trazendo junto a espuma que umedece lentamente a toalha branca da mesa.

 Aqueles momentos onde brindava-se o encontro, quando sonhos revelados eram como que segredos escondidos, não mais existem.

Começam as palavras a perderem-se e aqueles sorrisos dados pelas bobagens pensadas e ditas, não mais aparecem.

 Mesmo que dispersas, as palavras parece ainda soam pelo ar.

Se as saudades dos momentos de ternura e encantamento não mais surgem, é porque todas as lágrimas que nos olhos escondiam-se, talvez, pela vergonha em rolar tempestivamente pelas faces, revelariam uma saudade não contida.

Se agora é o momento de cada um tomar seu caminho seguindo para o além da estrada, seguramente é porque os desentendimentos são constantes, indicando que cada um siga seu destino.

Caminhar por estradas cheias de espinhos ou de roseirais, é uma escolha pessoal, solitária, sem pensar em vinganças, em ter nas mãos floretes para ataque, nem remorsos pelas culpas, nem o desespero pelos erros cometidos, mas espera-se imaginar o perdão, o carinho, o arrependimento, até aquela redenção.

Em nada impede que se continue nas conversas vez ou outra onde o “oi como está você?” aparece e, pelas trocas constantes das correspondências pelos correios das redes sociais ou o uso do celular, faça com que não haja aquela pré avaliação das cobranças, nem sempre bem interpretadas.

Se por esses recursos, perde-se um encontro . a busca pelo álbum de fotografias guardado na gaveta ou nos arquivos do face podem as lembranças virem com um nó na garganta, revelados pelo embargo das vozes quando ditas no celular.

Aquelas trocas antes existentes de carinhos, de afagos no coração, dos abraços sonhados e não dados, certamente levará àquele reencontro e a aproximação dos corpos abrirá um amplo caminho, onde não faltarão lágrimas da alegria vindas com muitas juras de amor.

No momento sublime dos olhos nos olhos, mãos entre as mãos, lábios unidos num demorado beijo, não se pensará em perdas nem em tempestades, quiçá palavras ásperas, apenas juras de amor, de um amor eterno, pungente, e aquele passado não mais existirá, porque se foi na curva com as águas tranquilas do riacho.

Cânticos dos passarinhos serão ouvidos nos arvoredos, nos galhos dos ciprestes ao longe e, nos acalantos dos trinados, nada mais será percebido porque só existe o atingir com o nascer do sol ou o aparecer do crepúsculo a plenitude de uma nova vida.

Assim também destruíriam-se lembranças dos amores passados e escrever-se-ia numa faixa azul e branca os dizeres: “Meus antigos amores morreram, foram-se com as tempestades, porém, eu morrerei, se um dia te perder !!!”

 

 

 

 

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