Na penumbra da rua deserta
um vulto parece querer
ocultar-se
nas sombras e nos recantos
de mais um anoitecer.
Caminhar por entre as
alamedas
envolto pela escuridão da
noite
é transcender mansamente
como a dizer... estou aqui,
toque-me.
No transbordar dos sonhos
há vidas enternecedoras
e num olhar com mil canduras
que doce são os sentimentos.
Observe o voar das andorinhas
ao bailar harmoniosamente no
ar
mais parecem pequeninas
bailarinas
flutuando no palco iluminado
pelo Sol.
Se à luz da verdade,
caminhamos
quantas trajetórias
descortinam-se ao longe
e eis que surgem pequeninos
vaga-lumes
a iluminarem matas e regatos.
Tocar com as mãos uma lágrima
que teimosamente aparece
é saber que ali, na emoção
virá um doce olhar!
Não deixe vida minha
que tudo se apague
pois as lâmpadas dos céus
continuarão acesas
e vibrarão festivos sinos
em mais um amanhecer!