Na tranquilidade de um lago entre montanhas e a pradaria, viviam uns cisnes
brancos, elegantes, charmosos, curiosos, deslizantes.
Na sua altivez, despertavam a curiosidade de todos que frequentavam aquele
cenário lindo, tendo ao fundo pela manhã o despontar do sol e à noite, o crescer
da Lua!
Naquelas águas não só vivam os belos cisnes, mas uma gama infinda de figuras
esvoaçantes, umas com coloridos de penas tão ricas em detalhes, que difícil ao
olho humano identificar mais belezas. Outros elementos viviam debaixo daquelas
aguas calmas e azuis, curtindo o que lhes era oferecido gratuitamente pela Mãe
natureza.
Essa convivência tão fraterna quem lhes ensinou?
Quando das brincadeiras ou na busca de alimentos, gotas de água evaporam-se como
nas brumas, ressurgindo cristalinas e puras como cristais.
Poderíamos dizer que no entardecer, essas gotas podem significar o amenizar dos
centenas de metros percorridos até encontrar um porto seguro, o descanso para
novas jornadas.
Completo silêncio. Vez ou outra, um piado ao longe, o rumor do balanço das águas
ao menor vento, ou a última canção de um pássaro solitário.
Aquelas águas antes azuis, agora parecem desbotadas por um tempo, ressurgindo
fulgurantes ao próximo clarão de luz!
Tudo parece um imenso teatro, onde há o figurante, o espectador, criando peças
onde há folguedos, contos, cantigas, visões, utilizando as ´aguas e seus
murmúrios, encontrando depois tranquilidade, nas brancas areias da lagoa que
sugerem candura e até certa inocência dos seus frequentadores.
Na relva, vemos mais adiante um bosque, penetrando o luar por entre os galhos
das frondosas arvores, e no jardim como que um altar, o da esperança, das juras,
das promessas, das conquistas, deixando para lá os desenganos, descrenças.
No amanhã tudo se repetirá, sem mistérios, incertezas, levando aos pensamentos
que outros habitantes povoaram esse recanto mais dócil um dia e, isso pode
parecer irreal e falso.
Esperemos as tardes mais sonhadoras, porque mais à frente, virão milhões de
estrelas, que dizem das saudades, das alegrias, do viver, do ouvir canções e
orações suaves, bem como o exalar dos perfumes existentes nos poemas e nas
canções!
No belo lago, continuam as matizes do azul cristalino das águas, do soberbo e
encantador cantar do rouxinol, do suave deslizar dos peixes e dos cisnes, da beleza da
florzinha em botão. Ele, desliza como que um regato, sem rumo ao sopro do menor
vento!
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