Uma linda criança sonhava em ter vários brinquedos, uma casinha de boneca toda
branca com flores nas janelas e ao seu redor, para nela depositar tudo que
ganhasse.
Tinha uma capacidade enorme em criar histórias e contos à sua maneira infantil
de reproduzir idéias.
Fazia rir com seu jeito de representar as cenas que criava. Era feliz.
Desde muito pequeninos,
temos a
capacidade de falar de fé
aqueles que estão ao redor, em dar à velhice a oportunidade de recordar que um
dia já foi uma criancinha assim repleta de idéias fantasiosas que,ora assustam,
ora assombram e encantam.
Por que será com o desenvolvimento vamos perdendo esta espontaneidade, essa
criatividade, essa facilidade em encontrar cenas para relatar historinhas e
contos muitas vezes até com um toque de sabedoria?
Uma época de grandes esperanças, expectativas e sonhos acontecem quando da
proximidade do Natal, da Páscoa, Dia das Crianças, porque nessas datas festivas,
almeja-se tudo que vem aos nossos olhos.
Para os pequeninos, ainda encantam os carrinhos, as bonecas, a bola, os
utensílios da cozinha iguaiszinhos os da mamãe.
Aqueles mais crescidinhos são os eletrônicos que se tornam objetos de consumo e
posse.
Que sonhos mais lindos, não?
Quanto encantamento, doces desejos prestes a realizarem-se, pois os pais fazem
os maiores sacrifícios para encantar seus filhos.
No lares mais modestos é a esperança que ninguém esqueça que ali estão algumas
criancinhas com tantos desejos como os que residem num lar mais abastado.
Criança feliz sorri escancarando no rosto a alegria e felicidade em ter recebido
o que almejava.
Pena que nem sempre aquelas vozes juvenis são ouvidas. Muitos pais até ouvem,
mas não teem como contentar sua criança porque o mais importante é o alimento
naquele momento.
Assim, quando das festividades tão aguardadas, sombras, amarguras, lágrimas
estão presentes porque as ilusões são desfeitas como que por encanto.
Como dizer para sua criança que não vai receber aquele presentinho mesmo que
modesto, trazido por um velhinho de barbas e bigodes brancos e que o coelhinho
fofinho dele esqueceu?
Será que os anjos junto aos pequenos lhes dão conforto e resignação?
Na Páscoa não é demais olhar as vitrinas com aqueles ovos e coelhinhos muito
coloridos e apetitosos expostos e não desejar receber um deles.
É só observar uma criança, seu olhar, postura das mãos, colocadas levemente no
vidro brilhante e iluminado!
Nesses momentos como sorrir e olhar para o céu com seus esplendores e achar que
a vida é bela?
Mas não podemos deixar desmoronar em sua essência a fé em dias melhores para
todos.
Pensemos que a cada manhã o Sol renascerá para todos independentemente das
condições financeiras, que as noites terão todas as estrelas cintilantes que
fazem tão bem ao olhar, e, que no amanhã tudo poderá ser diferente.
E, assim pensando,mais do que nunca,na virada de novos e alviçareiros dias,
cantaremos o que os poetas dizem tão bem: “amanhã é um novo dia, com luzes,
venturas e muitos afetos.”
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