À minha frente vejo cenas límpidas,
descortinando caminhos que me levam até você.
Encontro olhos marejados, lábios querendo falar,
mãos precisando acariciar.
Preciso saber de você homem maduro, calado,
que pouco fala de si.
vejo nas cenas à frente,
purpurinas envolvendo
o horizonte e todo o céu de anil.
É o despertar das auroras, dos mil deslumbramentos.
Neles há um alvorecer fantástico
que anuncia o renascer de um olhar dulcíssimo,
e, na cena sublime, cândida
há fundo musical e luzes perfumadas.
Como uma guirlanda com florais,
a natureza anuncia a redenção.
É a vida que redime, que cintila,
almas que abençoam promessas, sonhos, alentos.
E nessa harmonia entre o céu e a terra,
que uma aliança firma amores.
Nesse momento cai uma chuva de esperanças
dos céus aterrissam orvalhos repletos de corações.