Num espetáculo de geleiras, fiordes, florestas, abundância de vida animal ainda selvagem, percorremos o mar por 3 dias numa navegação suave, tranquila, no balanço sutil de um navio americano que estão aposentando, para dar início ao trabalho turístico com um que abrigue número maior de passageiros.

Navio Celebrity

Com o Celebrity, conhecemos uma realidade... a beleza do litoral canadense, com seus povoados típicos, cidades onde as construções são ao estilo do velho oeste americano, com portas de vaivém, parecendo que no seu interior vamos deparar com, mocinhos e bandidos, numa rivalidade sem tréguas...

Mas há construções para o comércio que lá é muito bem explorado, encontrando-se os mais populares para a região, ou seja, com peles de animais, outros sintéticos e muita bijuteria e joias em pedras, que ali há em exploração.

No Alaska para a travessia em navio, temos de ter criatividade para superar as horas onde não se desce à terra, assim, procurar atividades propostas pela equipe que divulga através boletins diários o que haverá de interessante, além das já conhecidas, atividades no convés e no interior da embarcação.

Salão do Celebrity

Com uma herança de diversidades nas suas comunidades populacionais esta parte do mundo, apresenta uma beleza indescritível no colorido das suas matas, das suas flores, das montanhas, do reflexo destas nas águias do oceano e rios, e aquelas matizes da descida das águas pelas encostas nevadas das montanha.

Um destaque pode-se dar quando falamos em geleiras é a Hubbard, excelente local para de perto observarmos sua plenitude em tamanho e poder.

Vista do glacial Hubbard

Num processo conhecido como “galloping”, muros  de gelo, formados pela acumulação, compactação, recristalização da neve. Isso ocorre, é bom saber, quando a precipitação anual de neve supera a evaporação no verão pelo qual a maioria se encontra em zonas próximas ao polo. Uma curiosidade é que dez por cento da Terra é coberta por glaciares e em todo mundo se acumulam em mais de 75 por cento com águas doces.

Quando há uma ruptura, uma avalanche despenca nas águas num estrondo gigantesco e pequenos e grandes blocos de gelo navegam calmamente pela correnteza do oceano... Um espetáculo muito bonito que nós de um clima tropical jamais veremos.

Blocos de grlo descendo o rio

O Alaska por ter uma ligação muito forte com o mar e o céu, a maioria das pessoas possuem como meio de transporte o hidroavião e as embarcações, na maioria veleiros.

Os guias turísticos indicam passeios em helicópteros, na procura de ursos, águias, baleias, e outros da vida selvagem... mas quem fez essa excursão nada viu, apenas admirou a beleza das paisagens acima de todos, e subiu num trenó puxado pelos cães siberianos... mas tiveram dó dos bichinhos que adoram correr na neve, mas ficam com a língua de fora por minutos e isso não faz bem aos que amam nossos amigos tão fiéis... adoraram ter em seus braços os filhotes que procuravam carinho e calor humano.

Trenó com cães siberianos

Por lá pessoas de todos os lugares procuram praticar esportes que amam como o mountain bike, caiaque, alpinismo e pesca em alto mar.

Quando citei a geleira Hubbard, devo ressaltar que é o mais longo rio de gelo da América do Norte e a mais ativa do Alaska. Está há 3.496 m com 5 km2 de gelo e do navio o vemos esplendorosa e belo na cor turquesa.

O local chamado Icy Strait Point, é pequeno, cercado por ciprestes, montanhas e mar, vivendo da pesca e caça aos caranguejos, madeiras e pedras para joias e bijuterias.

Comendo carangueijos em Junot

A terceira maior cidade do Alaska é sua capital Juneau (Junot), com contrastes e um tanto sofisticada, está no seio de uma floresta nacional.

Fundada durante a corrida do ouro em 1880, está abaixo do monte Juneau beira com o canal Gastineau com fiordes e geleiras como a Mendenhall.

Uma cidade pequena porém interessante é a mais antiga do Alaska e chama-se Ketchikan.

Totens

Construída sobre diques, armações e estacas, nela vemos pequenos hidroaviões e embarcações em profusão. Com bijuterias finas, boutiques e galerias de arte ali está a maior coleção de totens do mundo no Parque Tote, Bight. Lá o proprietário de uma área com totens antigos e mais recentes, possui uma coleção extraordinária de carros antigos.

Coleção de carros antigos.

A cidade por ser antiga, guarda muito do passado exploratório do ouro e por ter sido porto para o comércio desse metal.

Considerada a capital mundial do salmão, cinco variedades dele lá se encontra frescos ou embalados para delírio dos apreciadores desse peixe.

Por ter sido uma salina indígena antiga, Kertchikan agrada pelo seu estilo com porto onde o navio atraca diretamente em seu cais, oferecendo mais conforto aos visitantes.

Navios atracados em Kertchikan

Assim, termino essa exposição sobre a viagem a dois países longínquos e muito interessantes, Canadá e Alaska, onde mais uma vez, após dias e dias de viagem, entre tantas que já tive a oportunidade de fazer, deixou-me a certeza que viajar não é uma fuga, um desejo de libertar-se, mas o desejo em descobrir novas paisagens, novos aspectos de vida, novas culturas, novas formas de viver.

Ter a sensação que o trabalho do passado serviu para que, se tivesse a convicção que tudo superar faz parte da nossa espécie e que tentar chegar aos céus ou em outras terras faz parte para mim, da minha essência, do meu viver...

Ser não de um lugar por anos seguidos, mas, vez ou outra ser do mundo, pois viajando nos situamos na história de cada pedacinho de chão, de cada pedacinho de mar, de cada pedacinho de céu, e ninguém assimila nem tira do viajante que tem aquele... olhar especial!!!

Boa leitura, esperando que apreciem meu relato resumido de uma viagem que poderia caber perfeitamente num livro, mas o faço de maneira que todos naveguem comigo e caminhem por cantinhos especiais das cidades, ou nos mais rústicos das pequenas que fizeram a parte do roteiro.

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